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sábado, 25 de junho de 2011

ÂNGULOS INCRÍVEIS

Viajando por aqui, achei um vídeo muito bom, nele vocês irão ver imagens de vários esportes, porém, de ângulos nada comuns, muitos dando a sensação de ser você naquele instante, já outros mostrando a complexidade de manobras realizadas.

Divirtam-se:

ANDY IRONS num momento de descontração....

Confiram um vídeo de uma entrevista com Andy Irons, mas não é uma entrevista como as outras, é algo mais descontraído, vídeo feito em casa, gravado por seus amigos.


Insurfnews.com - Welcome to Bell's from Andrew Oliver on Vimeo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

MERCADO DO SURF - Notícia

Texto retirado do Alma Surf.com.

Dane Reynolds assina com a Vans. Assista ao vídeo de apresentação do surfista
Norte-americano que se recupera de lesão no joelho sofrida na temporada passada, integra o time da marca de calçados e equipamentos californiana.
por Redação Alma Surf     22/6/2011





O norte-americano Dane Reynolds, um dos maiores representantes do surf progressivo da atualidade e membro dos Top 34 da ASP, acaba de assinar com a Vans, marca de calçados patrocinadora da Tríplice Coroa Havaiana da ASP.

Dane, que está fora das competições nesta temporada, se recupera de uma lesão no joelho sofrida no Hawaii na temporada passada, e no momento, se dedica aos treinos e à reabilitação. Mas, a julgar pela performance de Dane no clipe acima, percebemos que o surfista parece estar bem recuperado da lesão.

“Estamos muito felizes de ter o Dane Reynolds em nosso time. Dane é um dos surfistas mais empolgantes de se assistir e traz um ar revolucionário ao surf. Durante décadas, a Vans apoia as pessoas que decidem seguir seu próprio caminho, e é um prazer manter este princípio até hoje, e ter o Dane parte de nossa família”, escreveu a Vans em comunicado à imprensa.

O jovem surfista natural de Ventura, Califórnia, já deixou sua marca no ASP World Tour com duas colocações Top 10, em 2009 (10º) e 2010 (4º) – respectivamente seu segundo e terceiro ano no Tour. No entanto, além das competições, Dane Reynolds já provou ser também um talento do freesurf, sempre muito criativo na execução de suas manobras.

Agora, Dane se juntará ao time de surfistas da Vans, composto pelo longboarder Joel Tudor e pelos surfistas Nathan Fletcher, os irmãoes Pat, Dane e Tanner Gudauskas, Alex Knost, John John Florence, Andrew Doheny, Dylan Graves, Wade Goodall e Leila Hurst.

Além da Vans, Dane é patrocinado pela Quiksilver, pela Channel Islands e pela Ventura Surf Shop
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EM BUSCA DE PATROCÍNIO !!!

Faz um tempo eu escrevi aqui no blog sobre o CONGRESURF, um congresso que foi realizado aqui em Porto Alegre nos anos de 2006 e 2007, logo após isso deixou de acontecer por falta de verba, patrocínio, apoios e etc. Procurando algo para trazer para os leitores, estava dando uma olhada no site Waves e lá vi a seguinte       notícia: - Sem Patro, Taís busca apoio!!


Ai eu volto a perguntar: Onde estão as marcas que tem como o surf  e os atletas deste esporte sua razão de existência?
Não falo somente da Taís, mas sim de vários outros atletas que estão sempre na luta de patrocínio, ou até mesmo apoio para que possam viajar e participar de campeonatos.
Agora estou me referindo ao surf, mas existe vários outros esportes onde atletas sofrem coma a falta de patrocínio.

Logo abaixo  o texto retirado do site Waves, para vejam:


Nascida e criada nas pesadas ondas de Itaúna, Saquarema (RJ), a surfista Taís de Almeida está em busca de patrocínio para apoiá-la nas competições desta temporada.

Quinta colocada do Brasil Surf Pro em 2010, a atleta possui o recorde de campeã mais jovem de uma etapa da Abrasp (em 2001 venceu uma etapa do SuperSurf Feminino aos 16 anos na Prainha, Rio de Janeiro).

Além disso, Taís possui outros títulos como o sul-americano profissional da temporada 2009, o bicampeonato do Circuito Petrobras, a segunda divisão do surf nacional, Oakley Junior Challenge e Billabong Pro Girls Junior Series.

Dona de um surf explosivo, a carioca começou a surfar aos 9 anos. Como na época ainda não havia torneios para meninas no Rio, ela competia contra adultas ou meninos.

Como profissional a carreira começou com apenas 14 anos, mas foi aos 17, quando venceu três etapas do SuperSurf 2002 e foi vice-campeã da temporada, que Taís apareceu para o Brasil.

A surfista também já foi terceira colocada na etapa de Haleiwa da Triplíce Coroa Havaiana em 2006, além de outros títulos conquistados na carreira.






INTERESSADOS: 

Para saber como apoiar a surfista, envie mensagem para jezebel@rudah.com.br.

domingo, 5 de junho de 2011

TORCEDOR FANÁTICO

E ai galera, tudo certo? Em seguida um texto que li semana passada no site waves.com e que eu gostei muito e vi participando da "festa". Escrito pelo colunista do waves Alexandre Toledo (02/06), como a semana estava corrida não consegui postar antes, mas ai vai. Divirtam-se...


É final do ano de 2011. Estamos em Pipeline, Hawaii, a meca do surf mundial, em uma das bancadas mais temidas do planeta, onde a consagração e o risco andam lado a lado, drop a drop, remada a remada, tubo a tubo. 

Quatro surfistas chegaram à última etapa com chances de ser campeões do WT.

O decacampeão mundial Kelly Slater tem uma pequena vantagem no ranking, seguido na cola pelos australianos Joel Parkinson e Taj Burrow e o brasileiro Adriano de Souza.

Parko já havia esmerilhado em Haleiwa e Sunset por mais um ano, e estava com a mão mais uma vez na taça da Tríplice Coroa Havaiana.

Por mais que Slater estivesse na frente do ranking do WT, Parko e KS estavam empatados nas listas de apostas, depois de um ano fantástico.

Adriano veio muito bem durante o ano e, se o desfecho do tour fosse no Brasil, na Califórnia ou na Europa, ele seria o favorito. O mesmo se aplica a Taj Burrow. Ambos são especialistas em ondas menores e mais manobráveis.

Porém, bastava qualquer um deles terminar em primeiro no campeonato para tornar-se campeão do circuito. Independente da colocação dos outros, tão pouca a diferença que os separavam.

Com essa perspectiva inédita, o consulado americano bateu recorde de aplicações de vistos de torcedores brasileiros querendo ver de perto a única chance real na história até então, de um brasileiro sagrar-se campeão mundial de surf.

A comunidade brasileira que reside nos EUA lotou os voos para o Hawaii e as areias do North Shore nunca viram tamanha invasão brazuca.

Para evitar as brigas, a família Gracie, muito bem vista e respeitada pelos locais havaianos, foi chamada para amenizar os ânimos. A galera brasileira das antigas também estava toda a postos para acompanhar o evento, já que só a possibilidade de Adriano ser campeão mundial, em plena Pipeline, era algo histórico.

Somente os brasileiros realmente acreditavam nesse feito, ainda mais que, nas quartas-de-final, os quatro concorrentes ao título ainda estavam em pé nas chaves, mas ainda sem nenhum cruzar com o outro.

Eis que na primeira bateria das quartas, Adriano de Souza encara o local truculento e convidado Sunny Garcia. Backdoor estava com 2,5 metros alucinantes e o havaiano insistia em tomar o pico, mesmo com o brasileiro tendo a prioridade.

A transmissão ao vivo do canal Woohoo para todo o Brasil, com a locução do legend Ricardo Bocão, ainda conseguia decifrar a leitura labial de Sunny, dizendo ao brasileiro que se ele remasse em qualquer onda da série, nunca mais pisaria no North Shore.

Adriano não se intimidou e começou a botar pra baixo e pra dentro em canudos impossíveis, saindo depois da baforada e levantando as areias de Pipe. Vitória do brasileiro.

Ao sair da água, Sunny vai pra cima de Mineiro, só que Neco Padaratz, que assistia tudo bem de perto, comprou a briga e botou o havaiano para dormir na frente de milhões de espectadores. Sunny levou uma multa da ASP de US$ 120 mil e foi banido das competições da entidade. Neco teve que dormir uma noite no xadrez e pagar fiança de US$ 2 mil (alguém acha que ele se importou?).

Nas outras baterias das quartas, só quem perdeu e tinha chance de título foi Taj Burrow. O aussie encarou o outro convidado Bruce Irons, que, com uma nota 10 e um 9.03, mandou Taj de volta para os animados pubs de Western Australia.

Parko passou por Alejo, que vinha muito bem durante todo o evento, mas quebrou sua prancha ao tentar um Kerrupt Flip saindo do tubo, logo na primeira onda da bateria.

Slater não teve vida fácil contra Jadson André, pois na hora da bateria as esquerdas predominavam e Jadson pegou três canudaços pra esquerda, literalmente em pé, dentro do salão. Mas, como o “Rei Careca sem Juba” só desiste quando a sirene toca, quando faltavam três minutos, Slater, já sem muita perspectiva na bateria, força a remada em uma onda e obriga Jadson a precipitar-se e cometer interferência. O público nas areias não entendeu nada, mas os juízes deram a vitória para o malandro careca.

Na primeira semi, Adriano, que vinha desacreditado pela imprensa internacional e pelas bolsas de apostas, arrepiou diante de Parko, que entrou de salto tão alto na bateria, que duvidava que Adriano pudesse levar a bateria em Pipe 3 a 3,5 metros. Ficou pianinho, saiu da água e foi direto pro Twitter exclamar para seus baba-ovos: “Fuck brazilians!”.

Bruce Irons chegou atrasado na semi contra Slater, pois tinha ficado na Volcom House tomando uma cerveja e degustando um barbecue com o pessoal do Kauai. Resultado: só tentou dar aéreo, enquanto Slater repetiu o que fez em Padang e trocou de base entre a cavada e o tubo, tornando-se assim o mais do que favorito ao caneco do evento e também do tour desse ano.

Praia lotadaça! Sol e calor! A polícia tinha trabalho pra tirar os brasileiros de cima dos coqueiros, a batucada liderada por Jihad Khodr e Renato Galvão ensurdecia os gringos, que não acreditavam no que estava acontecendo.

Aos gritinhos de “U-S-A, U-S-A, U-S-A!”, uma legião de loirinhas ainda tentou alguma coisa, mas no ritmo do surdão empunhado por Willian Cardoso, que acabara de garantir sua vaga no WT 2012. As bombas de Oeste (que a essa altura já tinham 4 metros vindos de Banzai), eram abafadas pelo coro de “Bra-sil, tum tum tum, Bra-sil, tum tum tum!”.

A bateria começa e mais uma vez a alta tecnologia do Woohoo deixa Bocão ler os lábios de Slater dizendo para Adriano: “Você já aprontou comigo algumas vezes, mas aqui em Pipe quem manda sou eu. USA rules”.

Logo Slater dropa uma pirambeira do terceiro reef e, no meio da onda, onde todos achavam que ele iria para Pipe, ele vira a prancha e vai para Backdoor. Insano, impossível, bizarro. Mas Slater tira um 10 logo de cara, deixando as esperanças da torcida brasileira bem pequena.

Meio perdido e atônito, Mineiro lembra de algumas frases de seu técnico Pinga e começa a reagir mentalmente e se atira numa canhota quadrada, cava, estola, sem mão na borda e em pé tira um canudo grotesco, sendo cuspido como uma bala no canal para receber 9,83 e ser ovacionado pela galera.

Slater, que não é bobo nem nada, começa a marcar insistentemente o brasileiro, enquanto espera pela boa e cravar sua segunda grande média.
 

Dito e feito: Slater dropa como uma aranha, agarrado na parede do cilindro verde de Pipe, atrasando com seu traseiro bem em cima da bolha, desaparece por três segundos e, quando todos apostavam que ele já era, lá sai o careca como um homem bala sem capacete: 9,75. E agora, Mineiro? Como reverter um somatório de 19.75?
 

Eis que, já na base do desespero, sem esperanças, com um minuto e meio para o término da bateria, Adriano tem um flashback de uma história real de Fábio Gouveia, que começou a remar em volta de Martin Potter como um maluco em Biarritz (França) e o inglês ficou tão confuso, que Fabinho conseguiu pegar uma ótima onda e virar o resultado nos instantes finais.

E Mineiro pensou: “Vou dar uma de locão também, é só o que me resta. Se o mestre fez, farei o mesmo”. E Mineiro começa a remar pra cima do Careca e a fazer círculos ao seu redor. Nas areias de Pipe, assistiam à bateria lado a lado Pottz e Gouveia.


Um olhou pra cara do outro e caiu na risada. No mesmo instante, vem uma onda apontando para Backdoor. Adriano dropa por trás do pico, só que para a esquerda que estava na cara que iria fechar, e bum! A onda se fecha rapidamente num tubo oco e rápido.

Duas placas guilhotinam a bancada impiedosamente, vem a baforada e um, dois, três, quatro segundos depois, sai Adriano de braços erguidos, esmurrando o ar com seu gesto característico, e a praia vai à loucura! Nota 10!

Pode não ser assim, mas o Torcedor Fanático está em pé, na arquibancada, acreditando que essa maré está a nosso favor. Alguém duvida?