Hoje pela manhã estava assistindo TV, um programa de esportes sendo mais específico e ví uma matéria que chamou muito minha atenção, primeiro por ser de um esporte que gosto muito que é o surf, segundo por se tratar de um assunto muito importante nos dias de hoje e mais ainda no futuro. Estou falando de pranchas ecológicamente corretas, estou postando uma matéria do site Surf & Cult , então para que não fale, nem mais nem menos sobre o que é, segue.(quem tiver interesse maior pode ir no link que coloquei no blog da página de origem da matéria.).
O conteúdo a seguir foi produzido a partir de uma entrevista do Surf &Cult publicada com exclusividade no site da revista Hardcore.
Aproveitar os rejeitos de um processo produtivo para eliminar o lixo e fabricar um novo produto é por si só, uma iniciativa de sustentabilidade de grande valor nos dias de hoje. Melhor ainda se esta prática está associada a uma planta que pode substituir um produto derivado de petróleo para fabricar um produto similar. Este é o caso dos blocos de pranchas de surf produzidos com Agave - planta originária do México e disseminada na região Nordeste do Brasil -, um projeto batizado de Agave Hunter que promove uma alternativa interessante para o uso dos tradicionais (e poluentes) blocos de poliuretano e isopor na indústria do surf.
A idéia surgiu do contato que o surfista e estudante de oceanografia Marcelo Ulysséa teve na Califórnia com o experiente shaper Gary Linden, reconhecido pelo experimentalismo com novos materiais para a construção de pranchas. De volta ao Brasil, ele se juntou à engenheira civil e pós-graduada em meio ambiente Marcella Silvestro para estudar a viabilidade do agave na produção de pranchas de surf.
Aproveitando o pendão floral do agave, planta invasora muito utilizada em paisagismo e cujas folhas são usadas em larga escala para a produção de sisal - utilizados na fabricação de cordas e tapetes -, o processo de construção dos blocos Agave Hunter se inicia com uma matéria-prima natural já morta e que, apesar de ser biodegradável era descartada sem qualquer utilização prática.
A madeira de agave é colocada para secar em processo natural durante dois meses e depois são cortadas e colocadas em uma estufa. Cortadas em tábuas com as curvaturas desejadas, a construção dos blocos segue o modelo de colagem similar ao das antigas pranchas de madeira maciça, mas com a vantagem da enorme leveza conferida pelo agave. A resistência dos blocos parece ser boa, haja vista que as pranchas de agave foram testadas com sucesso em ondas pesadas como a da laje de Jaguaruna e hoje vários shapers nacionais já oferecem a opção destes blocos para os seus clientes na produção de todos os tipos de modelo – da mini-model ao longboard.
Hoje uma realidade comercial, o Agave Hunter é um exemplo de projeto inovador que surgiu na universidade e ganhou corpo graças ao reconhecimento de sua importância, principalmente em uma atividade diretamente ligada à interação com a natureza, como o surf.
Créditos: fotos do arquivo pessoal Marcella Silvestro.
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